Comercializações de etanol hidratado do mês de junho, avançaram 6,6% em relação ao mês anterior.

De acordo com a prévia divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no mês de junho, as vendas de etanol hidratado totalizaram 1,39 milhões de m³, o que representa aumento de +6,6% em relação ao volume comercializado no mês anterior (1,31 milhões de m³) e +9,4% com relação ao que foi vendido no mês de junho da safra 2021/22 (1,28 milhões de m³). Do total, 1,25 milhões de m³ foram negociados na região Centro-Sul, avanço em +7,44% comparado ao volume registrado no mês de maio da safra atual (1,16 milhões de m³) e +6,20% comparado ao mesmo período do ciclo anterior (1,17 milhões de m³).

Na média, as últimas cinco safras totalizaram 1,38 milhões de m³ negociados no mesmo período, sendo 1,21% menor do que o volume de vendas do mês de junho.

Durante todo o mês, a paridade entre etanol hidratado e gasolina esteve abaixo de 70% nos principais estados com maior frota de participação no Ciclo Otto, favorecendo o abastecimento com o biocombustível na bomba. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Devido aos elevados preços do petróleo e a valorização do câmbio, em junho a Petrobrás reajustou os preços da gasolina em R$ +0,20/L, fazendo com que a paridade no estado de São Paulo, finalizasse o mês em 65,69%, com diferença em R$ 2,30/L entre o fóssil e o biocombustível. No estado de Minas Gerais, esse diferencial ultrapassou o valor de R$ 2,50/L.

Com isso, o etanol voltou a ganhar share na matriz energética brasileira, totalizando 28,4% de participação nas vendas de combustíveis no país, frente ao percentual de 27,7% registrado no mês anterior.

Quanto a gasolina comum, foram comercializados 3,16 milhões de m³ no mês de junho, volume -10% menor do que o registrado no mês anterior (3,51 milhões de m³) -1,0% comparado ao volume total comercializado no mês de junho da safra 2021/22 (3,20 milhões de m³).

Em contrapartida, representa um avanço de +0,20% em relação a média das últimas cinco safras.

No acumulado, foram 10 milhões de m³ vendidos até o mês de junho, frente a 9,02 milhões de m³ da safra anterior (+11,0%).

As vendas do etanol anidro, que acompanham o desempenho das vendas de gasolina C, também recuaram no mês de junho. No total, foram comercializados 854 mil m³, 10% menor do que o registrado no mês de maio (948 mil m³), e 1% menor do que o volume negociado no mesmo mês da safra 2021/22.

Obs: O volume apresentado é referente a prévia divulgada pela ANP e o mesmo pode sofrer pequenas alterações quando forem divulgados os dados oficiais, no último dia do mês.

Análises realizadas pela área de Inteligência de Mercado da Canex.
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